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DIA DA LUTA ANTIMANICOMIAL É MARCADO POR MOBILIZAÇÃO CONTRA O PRECONCEITO E PEDIDO POR RECONHECIMENTO

Publicado em 18/05/2023 Editoria: Saúde sem comentários Comente! Imprimir


Nesta quinta-feira, dia 18 de maio, em todo o país, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em Campo Grande, a data foi lembrada com uma grande mobilização e caminhada pelas ruas da região central com a participação de pacientes e servidores dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Residências Terapêuticas (RTs) e Unidades de Acolhimento (UAAs) do município.

Durante a manhã, munidos de faixas e cartazes alusivos a data, o grupo se reuniu na Praça do Rádio Clube e seguiu em caminhada pela Avenida Afonso Pena até a Praça Ary Coelho, onde permaneceram concentrados. A mobilização foi acompanhada por um trio elétrico onde alguns pacientes puderam se manifestar e partilhar relatos do dia a dia.

Mobilização contou com pacientes e servidores dos serviços de Saúde Mental do município

 

O objetivo é desmistificar os pré-conceitos que existem em relação à pessoa que sofre algum transtorno mental e também quanto ao tratamento que, a partir da década de 70, com o surgimento do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, tem se tornado cada vez mais integrativo e humanizado.

O momento  traz a reflexão sobre os direitos das pessoas com transtorno mental, incluindo direito a liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito de receber cuida e tratamento, promovendo autonomia e reinserção social, o que segue as diretrizes da atual Política Nacional de Saúde Mental.

A política garante também que o tratamento desses pacientes seja realizado em meio aberto, próximo à família e comunidade.

Luta Antimanicomial

O Movimento de Luta Antimanicomial consiste em um diálogo de conscientização com as instituições e com os cidadãos ao elaborar o discurso de que os portadores de transtornos mentais não representam ameaça ou risco a sociedade.

Organizado por diversos movimentos sociais, grupos, coletivos e entidades, o dia é de celebração e de luta, em espaços públicos, serviços de saúde mental e universidades.

A data marca as mobilizações em torno do fechamento de manicômios e a formalização de novas legislações, a implantação da rede de saúde mental e atenção psicossocial e da instauração de novas práticas em um importante movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma
referência internacional.
 
Rede de Saúde Mental
 
A Rede de Saúde Mental do Município é composta por 6 CAPSs, sendo 4 CAPS III, 1 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 1 Unidade de Acolhimento e 3 Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês.
 
Somente a Rede Municipal possui 101 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e drogas. Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga, 27 no Hospital Nosso Lar  e 10 na Santa Casa para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos.
 
A previsão é de que até o final do ano o município passe a contar com mais um CAPS AD, tendo mais 20 leitos para tratamento de pacientes usuários de álcool e droga.

› FONTE: PMCG


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