Com um mercado de trabalho cada vez mais exigente, cursar o ensino superior é quase obrigação para alcançar o sucesso, com raras exceções à regra. No entanto, bancar os estudos é a parte mais penosa para muita gente. Mensalidades ultrapassam R$1 mil, R$2 mil facilmente e podem chegar a valores ainda mais exorbitantes, dependendo do curso e da universidade. Com o Programa Vale Universidade do Governo do Estado a história é bem diferente e o futuro se torna verdadeiramente acessível.
Foi por meio desse benefício social, o Programa Vale Universidade, que Yamila Romina Gimenes, de 24 anos, se formou em psicologia pela Unigran (Universidade da Grande Dourados), na unidade da Capital. Hoje, a jovem conseguiu alcançar o sucesso profissional e está segura de tudo que aprendeu. “A experiência que eu tenho hoje, não teria sem o Vale Universidade. Com os estágios que eu fiz, consegui ter uma experiência única. Fiz muitos estágios, conforme exige e proporciona o programa”, explicou.
Psicóloga e mestranda pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Yamila está também em formação de gestalt-terapia, um modelo psicoterápico com ênfase na responsabilidade de si mesmo. Ela faz questão de ressaltar que se tivesse aderido a outros tipos de programas sociais estaria formada, mas com uma dívida a pagar: “Hoje estou formada e sem dívida, graças ao Vale Universidade”, ressalta.
Com o programa, o estudante recebe um apoio financeiro que resulta em 90% de desconto na mensalidade do curso. Conforme a lei, 70% desse valor é pago pelo Governo do Estado diretamente para a IES (Instituições de Ensino Superior) e 20% são deduzidos pela universidade privada conveniada ao Vale Universidade, totalizando 90% de desconto. “Eu só pagava 10% da mensalidade. Quando comecei o curso pagava R$80,00”, lembra Yamila.
Os alunos de universidades públicas também podem usufruir do benefício, mas de outra forma, como uma ajuda de custo. O valor que será oferecido ao estudante é calculado de acordo com a média das mensalidades nas universidades onde o acadêmico reside. Esse valor, então, é depositado na conta bancária do estudante.
Apesar de existirem outros tipos de programas sociais que ofereçam condições para que o estudante conclua o ensino superior, a ajuda não sai de graça e a dívida vem junto com o canudo. Depois de formado, o universitário tem que pagar o curso, de forma facilitada, mas tem que pagar. Já no Vale Universidade essa dívida não existe, como comemorou a psicóloga.
Quando questionada sobre a real possibilidade de pagar as mensalidades durante o curso, caso não estivesse inscrita no Vale Universidade, Yamila é firme em dizer que isso teria trazido consequências para sua formação. “Trabalhando? Talvez sim. Mas eu não seria a profissional que eu sou hoje. Não faria todos os estágios que fiz. E teria outro problema. Onde eu conseguiria um trabalho de R$ 700 por quatro horas diárias para poder pagar a faculdade?”, questionou.
A psicóloga disse ainda que, por meio dos estágios “o Vale Universidade proporcionou conhecimento da área de trabalho, reconhecimento de diversos campos da psicologia e obtenção da experiência de trabalho”.
Visando a formação profissional do acadêmico, os estágios são obrigatórios para os beneficiários do programa. A intenção é aproximar o aluno das situações reais e inserí-lo nas atividades de rotina inerentes ao seu curso.
Programa
Poderá se inscrever no Vale Universidade o acadêmico que comprove renda individual igual ou inferior a R$ 1.448,00 (um mil, quatrocentos e quarenta e oito reais) e renda familiar mensal não superior a R$ 2.896,00 (dois mil, oitocentos e noventa e seis reais).
A Administração Pública tem o direito de verificar as informações prestadas pelo interessado por meio de visitas à residência, ao local de trabalho ou à instituição de ensino superior onde o candidato e beneficiário estiver matriculado.
O acadêmico habilitado deverá ainda realizar estágio com carga horária de 20 horas semanais, cumpridas em jornadas de quatro horas diárias no período matutino ou vespertino, compatíveis com o horário escolar, nas instituições indicadas pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast).
› FONTE: Portal do MS