COM USO DA TELEMEDICINA, UPA TERÁ SUPORTE DE ESPECIALISTAS DO HCOR NO DIAGNÓSTICO DE INFARTO

Publicado em 19/06/2020 Editoria: Saúde

Aparelho Cardiette Microtel ECG utilizado no procedimento.

A partir da próxima semana, os profissionais que atuam na Rede de Urgência e Emergência do município passarão a contar com ferramenta importante para auxiliar  no diagnótico de pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio e arritmia. Através de uma parceria com Hospital do Coração de São Paulo (HCor), tutelada pelo Ministério da Saúde, os laudos de eletrocadiograma (ECG) serão analisados por especialistas e emitidos online, por meio da Telemedicina (TeleECG).

Nesta sexta-feira (19) parte da equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Mônica, escolhida para iniciar o projeto no município, recebeu as primeiras instruções para uso do equipamento utilizado na realização do procedimento. As informações são coletas e enviadas online para a central de do HCor, onde os cardiologistas de plantão no HCor vão emitir o exame laudado em uma média 10 mínutos.

O uso desse mecanismo irá permitir uma avaliação mais qualificada de cada caso por especialista na área de cardiologia. Na maioria das vezes, a ferramenta de trabalho torna-se fundamental para situações de infarto agudo do miocárdio e arritmia.

Além do laudo online, existe ainda a possibilidade de o profissional da UPA, caso necessite, ligar para falar, por telefone, com o cardiologista que emitiu o exame na central do HCor – há um número próprio para esse outro canal de comunicação.

O Programa de Telecardiologia do HCor é considerado um dos maiores do Brasil, representando um grande avanço na assistência médica cardiológica em unidades de saúde localizadas em áreas remotas ou de difícil acesso do paí

ECG

O ECG é ferramenta fundamental diagnóstica na sala de emergência, já que serve como um método de triagem dos pacientes que sofrem com a dor no peito e pode de fato ajudar muitos pacientes no mundo todo.

O exame é simples, indolor e geralmente muito rápido. Com o paciente deitado, é feita a limpeza do tórax, pernas e braços com gaze embebida em solução antisséptica. Depois, são colocados eletrodos nas pernas, próximos aos punhos e na região anterior do tórax do paciente. É usado um gel condutor para evitar interferências. A atividade elétrica do coração passa para os tecidos e chega até a pele, sendo captada por eletrodos.

Já o laudo consta a descrição de todos os elementos encontrados no exame e informações sobre a frequência cardíaca e outros aspectos cardiovasculares do paciente. O documento é finalizado com parecer do médico, concluído a partir dos dados obtidos no exame que, de forma geral, compara os gráficos gerados pelo paciente com gráficos padrão. A partir desta comparação, o especialista verifica se o estado é de normalidade ou de alteração dos batimentos do coração.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo.

Cerca de 80% das mortes por infarto ocorrem nas primeiras 24 horas, sendo que 65% delas se concentram na primeira hora. Quanto mais rápido se detectar um sinal de infarto, neste caso, mais chances de vida para o paciente, inclusive para início do tratamento.

› FONTE: PMCG