OBRAS PARA CONTROLE DE ENCHENTES E EROSÃO NO CIDADE MORENA CHEGAM A FASE FINAL

Publicado em 21/05/2020 Editoria: Obras

Em três semanas devem estar concluídas  as obras de drenagem e controle de enchentes no Bairro Cidade Morena, que foram retomadas há três meses após seis anos de paralisação. As equipes da empreiteira contratada já implantaram os 1.500 metros de tubulação previstos no projeto. O trabalho agora é de construção das últimas galerias e de recompactação  das ruas onde foram abertas valetas de até 3 metros de profundidade para colocação dos tubos.

Em outra frente de serviço, está sendo fechada a “cratera” que se formou ao longo dos anos na parte mais baixa do bairro, às margens da Avenida Gury Marques.

Foram instalados 223,6 metros de galerias celulares, estrutura de concreto, cada uma pesando 25 toneladas e com 2,5 metros de largura.

O buraco de 300 metros de extensão, com 3,5 de profundidade, colocava em risco a pista bairro/centro do principal acesso ao centro de Campo Grande, para quem chega à Capital pela BR-163 ou pelo macro anel rodoviário.

A erosão começou neste local, situado na parte mais baixa do terreno porque ali desaguava a enxurrada que ao longo dos anos foi levando o aterro. Serão construídas 5 caixas de captação para escoamento da enxurrada até o Córrego Gameleira após passar pela travessia existente sob as duas pistas da avenida.

Onde a enxurrada desagua, num bueiro existente na pista em sentido contrário (bairro-centro), foi construído um dissipador de energia (uma espécie de escada que reduz a velocidade da água). Para proteger os barrancos, foram feitos 203 metros cúbicos de gabião (com 5 degraus) para estabilizar as margens e com isto evitar que haja erosão.

Investimento

Estão sendo investidos R$ 2,8 milhões na implantação de 1,5 quilômetro de tubulação, 203 metros de galerias celulares e 220 metros cúbicos de gabião. Toda esta estrutura vai captar a enxurrada que desce das Moreninhas e da drenagem implantada na parte do bairro que já foi asfaltada.

O sistema de captação existente extravasa porque na época da pavimentação, feita há 10 anos, não foi construída esta tubulação para toda água atravessar a Avenida Gury Marques e desembocar no Córrego Gameleira, que nasce mais adiante, na margem direita da avenida (sentido centro/bairro).

Sem esta drenagem complementar, as bocas de lobo não fazem a captação necessária e com isto a enxurrada alaga as casas construídas abaixo do nível das ruas e impede a travessia de veículos de passeio.  Em alguns cruzamentos, mesmo após vários dias de estiagem a água fica empoçada. Em função da topografia da área, uma baixada, funciona como uma espécie de bacia, que recebe toda a enxurrada que desce das Moreninhas.

Na avaliação dos engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, junto com o crescimento população, a parte alta das Moreninhas, que hoje são 25 mil habitantes,  aumentou a impermeabilização do solo e consequentemente a enxurrada chega com bem mais velocidade.

O projeto

A drenagem complementar e de controle de enchentes da Cidade Morena chegou a ser iniciada em 2014,  mas  sendo  interrompida na gestão passada. Foi retomada em 2018, mas a empreiteira que ganhou a licitação pediu rescisão do contrato. Foi preciso refazer as planilhas e lançar um novo processo licitatório.

Na Cidade Morena, receberam tubulação as ruas  Salmorão; Israelândia, Ubirajara Guarani, Jaguariúna, Floreal, Inconfidentes, Travessa Manoel José de Toledo e Buenópolis. As galerias projetadas para a  Buenópolis vão captar as águas pluviais que descem pela Rua Minas Novas.

› FONTE: PMCG