Guedes reforça ideia defendida há meses por Marquinhos

Publicado em 30/04/2020 Editoria: Economia
O ministro da Economia Paulo Guedes reforçou, nesta quinta-feira (30), a ideia defendida há meses pelo prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD): de aumentar a emissão de moedas para ajudar a combater a crise econômica causada principalmente pelas restrições impostas pelo coronavírus.
 
Durante audiência pública realizada  hoje no Congresso Nacional Guedes afirmou “ser possível, sim emitir moeda”, pontuando o ser essa uma das formas  de injetar mais dinheiro na economia.
 
“Se cair numa situação que a inflação vai praticamente para zero, os juros colapsam, e existe o que a gente chama da armadilha da liquidez, o Banco Central pode sim emitir moeda e pode sim comprar dívida interna”, declarou.
 
Esta é a primeira vez que Guedes comenta sobre a possibilidade de emissão de moedas como medida para conter a crise, ideia defendida há meses por Marquinhos. Para isto ocorrer, é necessário que haja uma autorização do CMN (Conselho Monetário Nacional).
 
O ministro  faz parte do conselho, juntamente com Roberto Campos Neto,  presidente do Banco Central e Waldery Rodrigues Júnior, secretário de fazenda do Ministério da Economia.
 
"Fico honrado com a cogitação de minha tese anticíclica haurida das lições de Keynes e espero que o Ministro Guedes não se esqueça de Campo Grande, pois foi daqui que nasceu a ideia que ele vai adotar para tirar o Brasil da crise", comentou Marquinhos.
 
Ideia antiga - Em entrevista realizada no fim do mês passado, Marquinhos sugeriu que a Casa da Moeda aumentasse a impressão de cédulas. Após a declaração, ele virou alvo de piada e de criação de memes na internet.
 
Não demorou até que o Banco Central começasse a estudar a medida. Esse tipo de intervenção já foi utilizado em outras ocasiões como para conter a crise de 2008 nos Estados Unidos.
 
A ideia central em torno do aumento de impressão das cédulas é movimentar a economia porque em período de crise a tendência é que as pessoas retirem o dinheiro de circulação. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

› FONTE: Campo Grande News