Com a finalidade de atender à necessidade emergencial de equipamentos de proteção indivual – EPI’s para servidores municipais e população em geral de Campo Grande, a Prefeitura Municipal passará a confeccionar 12 mil máscaras por dia, numa primeira etapa, perfazendo um total de 241 mil unidades mensais, que devem estar à disposição para entrega a partir de maio. O projeto prevê contratação temporária de natureza assistencial, de costureiras autônomas/informais da comunidade que tiveram sua renda afetada e encontram-se em situação vulnerável.
O Centro Emergencial de Produção de EPI’s do Município de Campo Grande será instalado, em caráter temporário, na Incubadora Municipal Mário Covas – destinada a atender incubados do segmento Têxtil e Moda -, iniciando produção de máscaras em TNT e afins, por meio de equipes de costureiras, professoras e pessoal de apoio, contratadas especialmente para esse fim. A confecção tem início previsto para a primeira quinzena de maio, sendo que a distribuição será feita às secretarias, órgãos e autarquias públicas municipais com grande demanda de atendimento ao público e também a comunidades e entidades cadastradas pelo FAC.
A presidente do Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade – FAC e primeira-dama, Tatiana Trad, ressalta que o projeto é bastante amplo, o que assegura a Campo Grande o cumprimento da agenda 2030 da ONU, a partir das medidas estabelecidas nesse processo, o que garantem um crescimento econômico de maneira sustentável, pensando na população que, segundo ela, é o alvo de todas as ações, sendo as pessoas as protagonistas de todas as medidas adotadas pela administração pública da Capital.
A gestora do FAC justifica que a criação do centro de produção de EPI’s, além de contribuir para a solução das situações de emergência das necessidades desses equipamentos para a população e as secretarias municipais, atende o compromisso assumido por Campo Grande, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que abrangem questões de desenvolvimento social e econômico, incluindo pobreza, fome, saúde, educação, aquecimento global, igualdade de gênero, água, saneamento, energia, urbanização, meio ambiente e justiça social.
“Com mais essa medida estamos atendendo esses objetivos em pelo menos cinco das 17 metas da ONU. São objetivos de desenvolvimento sustentáveis nos quais Campo Grande se comprometeu e tem agido neste sentido, coordenada por uma comissão municipal, da qual sou presidente. Além de assegurar a vida saudável, promove o bem-estar em todas as idades, alcança a igualdade de gênero e empodera as mulheres, já que vamos trabalhar com costureiras, isso promove o emprego pleno e produtivo e um trabalho decente, reduzindo assim a desigualdade e assegurando padrões de produção e consumo sustentáveis. Com isso, criamos uma sociedade mais justa, na busca de suprir suas necessidades e reduzir as desigualdades”, defende Tatiana Trad, que é uma das coordenadoras do projeto de confecção de EPIs, junto com a Sedesc.
A primeira-dama de Campo Grande destaca que a instalação do Centro Emergencial vai movimentar a região da incubadora Mário Covas – que abrange os bairros Mário Covas, Paulo Coelho Machado, Canguru e Centro Oeste, além de fomentar a questão do trabalho, por meio da Funsat, da Saúde, pela Sesau e o FAC, que apoia a comunidade com vulnerabilidade social. “Será um trabalho amplo e acredito que vamos ter muitos frutos positivos com expectativas desse projeto se tornar algo muito maior do que prevê seu objetivo inicial”.
Centro Emergencial de Produção de EPI’s
O projeto prevê contratação temporária de 69 costureiras autônomas/informais da comunidade que tiveram sua renda afetada e encontram-se em situação vulnerável, para atuarem em turnos de 6 horas, 3 professoras de corte e costura (que também atuarão executando as peças) e 2 profissionais de apoio (controle de qualidade, embalagem e almoxarifado/despacho e entrega), por meio do Programa Assistencial de Inclusão Profissional – Proinc.
Serão utilizadas 45 máquinas de costura: 32 no Centro Emergencial e 13 no segundo pólo de produção, o qual será organizado oportunamente em um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, próximo à Incubadora Municipal. Cada uma das 63 costureira deverá produzir 175 máscaras por dia, totalizando 12.075 unidades diariamente, 241.500 mensalmente nos meses de maio e junho. Em julho, a produção deverá saltar para 277.725 máscaras perfazendo um total de 760.755 produtos em 63 dias de trabalho.
A criação do Centro Emergencial de Produção de EPI’s tem como finalidade superar a pandemia de coronavírus e suas consequências, através de uma iniciativa inovadora que irá agregar positivamente às demais atividades que vêm sendo realizadas pela administração municipal no sentido do controle/combate e achatamento da curva dos casos de Covid-19.
O projeto foi idealizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia (Sedesc) e pelo FAC (Fundo de Apoio à Comunidade). Apoiam o projeto: Secretaria Municipal de Assistência Social – SAS, Fundação Social do Trabalho – Funsat e Secretaria Municipal de Saúde – Sesau.
“Estamos todos engajados para superar essa pandemia do novo coronavírus. Esta ação em transformar temporariamente a incubadora têxtil Mário Covas em Centro Emergencial de Produção de EPI’s vem de modo pioneiro somar com outras ações e medidas que o prefeito Marquinhos Trad vem adotando para reforçar os cuidados com a saúde de todos os campo-grandenses. Além de ajudar na prevenção da Covid-19, esse projeto vai criar oportunidades de emprego e rendimento para mais de 60 mulheres, contribuindo assim para o crescimento econômico da nossa cidade”, explica Mara Bethânia, secretária-adjunta da Sedesc.
Para atender os propósitos da ação foram definidos os seguintes objetivos específicos:
a) Atender à necessidade emergencial de EPI’s para servidores municipais e população em geral do Município de Campo Grande;
b) Criar condição de geração de renda a profissionais autônomos e informais, como por exemplo, costureiras, atendendo assim, a objetivos municipais de aspecto social e econômico;
c) Utilizar espaço público para servir às necessidades emergentes da sociedade em caso de calamidade pública, em específico, a Incubadora Municipal Mário Covas;
d) Contribuir no cumprimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
› FONTE: PMCG