A ampliação de serviços, novos investimentos e iniciativas pioneiras e promissoras como o lançamento do maior programa de residência multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade do País, consolidam as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde no município de Campo Grande como referência. Os avanços e desafios da área foram discutidos nesta segunda-feira (02) durante o 1º Encontro Municipal de Atenção Primária à Saúde (APS), realizado no teatro Glauce Rocha, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, destaca que a Atenção Primária é conhecida como a porta de entrada, ou seja, é o atendimento inicial dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o seu fortalecimento extremamente necessário para garantir o acesso e melhorar a qualidade da assistência prestada à população”, comenta.
“É geralmente o primeiro ponto de contato do sistema de saúde com as famílias e comunidades. Elas recebem cuidados diários, desde orientações e atendimentos clínicos mais simples até o encaminhamento do paciente para médicos especialistas ou hospitais, caso necessite de procedimento cirúrgico ou emergencial”, complementa.
Atualmente o município conta com 153 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), 150 de Estratégia de Saúde Bucal (ESB) e 54 equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) distribuídos em 57 Unidades de Saúde da Família (USFs) e 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A cobertura atual de ESF é de 52,42%.
Com o programa de expansão a expectativa é de que as equipes de ESF sejam ampliadas para 169 e as de SB para 159, resultando no aumento da cobertura para 65%, o que representa um salto significativo do que era em janeiro de 2017, quando registrava cerca de 35% de cobertura populacional.
“Em pouco mais de três anos conseguimos praticamente dobrar a cobertura da nossa assistência o que impacta diretamente na melhoria da qualidade da assistência e acesso da população ao serviço de saúde. É um número que consolida um resultado extremamente positivo”, diz o secretário.
Maior residência do País
O 1º Encontro da Atenção Primária marcou as boas vindas aos 111 residentes aprovados nos processos de residência médica em medicina da saúde e comunidade , residência multidisciplinar em residência da família e comunidade e Saúde Mental, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), dentro do processo de implementação do Laboratório de Inovação da Fiocruz. O projeto irá beneficiar nove Unidades de Saúde da Família de Campo Grande, com reformas estruturais e a qualificação de profissionais para atuar nesses locais.
Com 76 vagas para as áreas de áreas de medicina, farmácia, fisioterapia, odontologia, psicologia, serviço social e enfermagem, a residência multiprofissional da Sesau foi reconhecida como a maior do País, com certificação do Ministério da Educação (MEC), tendo bolsa de aproximadamente R$3,4 mil.
Os profissionais vão realizar a residência nas nove unidades integrantes do Laboratório de Inovação, em regime de dedicação exclusiva e cumprirão cargas de 60 horas semanais.
Para o secretário José Mauro Filho a proposta desta residência é o desenvolvimento de ações voltadas para o atendimento ao SUS, para a formação dos profissionais preparados para atuarem na Atenção Primária, por meio da integração entre ensino-serviço-comunidade.
“Estes profissionais estarão mais preparados para atuarem na realidade das nossas unidades e, consequentemente, quem ganha é o paciente que irá receber um atendimento mais humanizado”, disse.
A residência multiprossional atraiu mais de 2 mil inscritos de estados como Piauí, Pará, Paraná, Acre, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Mato Grosso do Sul.
Evento
Estiveram presentes na mesa de abertura o prefeito Marquinhos Trad, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o representante do departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Dirceu Ditmar Klitzke, a coordenadora de Atenção Primária da SES, Karine Cavalcante, Márcia Regina (Fiocruz), a promotora de Justiça Renata Goya, o vereador Livio Leite, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, e Marcelo Vilela, diretor da faculdade de medicina da UFMS.
› FONTE: PMCG