Com dois meses de antecedência, em relação ao planejamento inicial, a Prefeitura de Campo Grande concluiu o desassoreamento dos lagos do Parque das Nações Indígenas, de onde foram retirados 135 mil metros de areia, numa operação que exigiu 12.500 viagens de caminhão até o local de descarte, nos fundos do Cetremi. Sobrou apenas o piso compactado do lago (que tem de 3 a 5 metros de profundidade), que não pode retirado porque está sobre um solo brejoso natural. Os filetes de água que já se vê em toda sua extensão é o leito natural do Córrego Prosa.
Até a próxima semana, será feito o acabamento do serviço, com nivelamento de alguns pontos, replantio de grama nos taludes, reparos em meio fio e aplicação de capa asfáltica nas cabeceiras das pontes de travessia.
Encerrada esta fase, o lago será entregue oficialmente ao Imasul (que gerencia o Parque das Nações), que fará reparos nas paredes de gabião no entorno do espelho d’água. Fechadas as comportas (uma espécie de registro gigante), em dois dias o lago estará cheio, com 250 mil metros cúbicos de água retidos do Córrego Prosa, readquirindo as características de um dos cartões postais da Capital
Do lago principal, que se espalha por 5 hectares, foram retirados aproximadamente 115 mil metros de cúbicos de areia, o que exigiu 11 mil viagens de caminhão. O trabalho no lago menor, iniciado dia 11 de junho, terminou duas semanas depois, dia 25. Foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão.
Segundo o superintendente de Serviços Públicos da Sisep, engenheiro civil Medhi Talayeh, responsável pela coordenação, para concluir o serviço de forma antecipada, nos últimos 20 dias foi montada uma força-tarefa que mobilizou 50 trabalhadores e 44 equipamentos (entre caminhões e máquinas).
A recuperação dos lagos do Parque das Nações Indígenas vai exigir um investimento de R$ 8 milhões, recurso da Prefeitura (R$ 5 milhões ) e do Governo do Estado (R$ 3 milhões). O projeto inclui a construção de um piscinão no Córrego Réveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago, tão logo o desassoreamento esteja concluído.
Para evitar que os lagos voltem a ficar assoreados , com o carreamento de areia junto com a enxurrada que desce dos bairros do entorno do Parque dos Poderes, serão executados dois projetos nos córregos Réveillon e Joaquim Português, cujas águas formam o lago.
No Réveillon, a Prefeitura implantará um piscinão, inicialmente projetado para armazenagem de 22 mil metros cúbicos de água. No Joaquim Português, o Governo do Estado vai executar obras de controle de erosão e replantio da vegetação nas margens. Os projetos já estão sendo contratados e a licitações devem ocorrer até dezembro de 2019.
Com as intervenções programadas, segundo Rudi Fiorese, além de recuperar um cartão postal da Capital, os lagos terão um papel importante no controle de enchentes de afluentes do Córrego Prosa, que em dias de chuva mais intensa, transbordam na região do Shopping Campo Grande. Terão capacidade para armazenar 65 mil metros cúbicos de água, o equivalente a três vezes a capacidade do piscinão que será construído nos altos da Avenida Mato Grosso.
› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br