ARMADILHAS SÃO UTILIZADAS PARA MONITORAR EFICÁCIA DE AÇÃO DE COMBATE AO AEDES NO UNIVERSITÁRIO

Publicado em 07/08/2019 Editoria: Saúde
Armadilhas foram colocadas em dez imóveis da região.

Armadilhas foram colocadas em dez imóveis da região.

Durante sete dias, dez armadilhas espalhadas por imóveis diferentes irão auxiliar no trabalho de monitoramento para medir a eficácia da ação de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – realizado nesta semana da região do bairro Universitário.  Através da quantidade de ovos do mosquito coletados ao longo desse período nas chamadas ovitrampas, os técnicos da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), poderão mensurar se houve ou não redução na infestação do aedes naquela localidade

Conforme o assessor técnico da CCEV, Lourival Araújo, após permanecerem no imóvel pelo período de sete dias, as armadilhas serão recolhidas e levadas ao laboratório da coordenadoria para a checagem e contagem de ovos, o que vai revelar a proporção na incidência do vetor. As ovitrampas foram instaladas em 10 imóveis do bairro com uma distância de 300 metros entre eles.

 

O assessor da coordenadoria explica que as ovitrampas simulam o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito.

“Nele, é inserido uma palheta de madeira, que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos. Dentro do recipiente, é colocada uma substância larvicida. Dessa forma, conseguimos observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva”, complementa.

Resutaldos

Aproximadamente, 700 imóveis foram visitados e mais depósitos eliminados durante o mutirão realizado ontem (06) na região atendida pela Unidade Básica de Saúde Doutor Germano Barros de Souza, no Bairro Universitário. A ação aconteceu em 60 quarteirões próximos a locais onde já foram encontrados focos do Aedes aegypti.

A ação teve como principal objetivo o extermínio de novos criadouros do mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya. Atualmente, a Capital se recupera de uma epidemia de dengue e a região onde aconteceu o mutirão é uma das que apresentava o maior índice de infestação.

Ao todo, foram inspecionados 697 imóveis, onde encontrou-se somente seis novos focos de proliferação do mosquito. Outras 413 propriedades que foram visitadas estavam fechadas, não sendo possível a entrada de nenhum agente para vistoriar esses locais.

Em vários pontos do bairro também foram encontrados garrafas e pneus velhos jogados, que poderiam servir como criadouros do mosquito. Ao todo, foram eliminados 984 depósitos que, com qualquer acumulo de água, virariam novos focos de infestação.

Durante todo o mês de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), através do Centro de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), realizará diversas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, incluindo os bairros Macaúbas, São Conrado e Paradiso.

Dados epidemiológicos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado esta semana pela Superintendência de Vigilância em Saúde, no mês de julho foram notificados 474 casos de dengue, o que representa uma redução de quase 80%, quando se comparado com o mês anterior. Em junho foram registradas 2.281 notificações.

De janeiro até agora foram mais de 38 mil casos da doença notificados, sendo 8,7 mil confirmados e oito óbitos. Foram notificados 397 de zika e 201 chikungunya no mesmo período. Boletim epidemiológico completo disponível aqui.

› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br