COM FOCO NA PREVENÇÃO DE NOVAS EPIDEMIAS, DIA D MARCA INÍCIO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS CONTRA O AEDES

Publicado em 05/08/2019 Editoria: Saúde
O secretário de Saúde, José Mauro Filho, falou sobre a importância da prevenção. (Foto: Michel Faustino)

O secretário de Saúde, José Mauro Filho, falou sobre a importância da prevenção. (Foto: Michel Faustino).

A partir desta semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), através da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), deverá intensificar as ações de combate ao Aedes Aegypti, visando a prevenção de novas epidemias de doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, zika e chikungunya. Algumas ações estratégicas que serão denvolvidas nos próximos meses foram anunciadas na manhã desta segunda-feira (05) durante o Dia D de mobilização e combate ao mosquito, realizado na praça do Rádio Clube.

Para o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o Poder Público precisa se manter vigilante e a população estar em alerta sobre os riscos de novas epidemias, mesmo com a redução significativa no números de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no município, sendo a educação uma das principais ferramentas.

“As pessoas precisam estar cientes de que a luta contra o mosquito Aedes aegypti, ou mosquito da dengue, como é popularmente conhecido, é uma luta permanente. Estamos em um período mais seco, onde, justamente, devemos fazer o nosso dever de casa. Evitar o acumulo de materiais inservíveis que possam servir de criadouros para o mosquito. Assim,  cada um fazendo a sua parte,  vamos evitar que no próximo ano o nosso município enfrente uma nova epidemia e mais pessoas fiquem doentes e venham a óbito”, disse.

O secretário usou como exemplo estudo recente divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontou que o ovo do  Aedes aegypti chega a durar cinco anos na natureza, aguardando somente as condições favoráveis para eclodir e se desenvolver.

“Isso mostra o quanto é fundamental a participação de todos. O Poder Público sozinho não consegue vencer essa luta. Se a população não tiver essa consciência, de que precisa olhar o seu quintal e agir, certamente continuaremos sofrendo com estas doenças”, reforça.

Ações efetivas

Nesta terça (06) e quarta-feira (07) mais de 100 servidores estarão mobilizados em uma ação de combate ao mosquito que será realizada na região do bairro Universitário, que apresenta índice de infestação elevado.

Durante o mês, os bairros Macaúbas, São Conrado e Paradiso devem receber ações semelhantes.

 

Infestação

O último  Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRaa) divulgado na semana revelou que Campo Grande conseguiu reduzir em 100%  as áreas em risco para infestação do mosquito Aedes aegypti. O saldo positivo é reflexo das ações e efetivas e estratégias executadas nos últimos meses.

Em janeiro, das 69 áreas correspondentes às unidades de saúde de cada localidade, 14 estavam em situação de risco (índice de infestação superior a 3,9%); 48 em alerta (de 1 a 3,9%) e apenas seis apresentam índices satisfatórios (0 a 1%), conforme o primeiro levantamento publicado neste ano.

O segundo levantamento publicado em maio revela que oito áreas estavam em risco, 45 em alerta e 14 com índices satisfatórios.

Já o LiRaa do mês de julho, divulgado nesta semana, aponta uma redução de 100% das áreas consideradas de risco, caindo de oito para 0. As áreas em alerta reduziram para 15 e as com índices satisfatórios saltaram para 54.

O link para download do comparativo completo dos levantamentos de janeiro, maio e julho, está disponível clicando no marcador.

 

Dados epidemiológicos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado esta semana pela Superintendência de Vigilância em Saúde, no mês de julho foram notificados 474 casos de dengue, o que representa uma redução de quase 80%, quando se comparado com o mês anterior. Em junho foram registradas 2.281 notificações.

De janeiro até agora foram mais de 38 mil casos da doença notificados, sendo 8,7 mil confirmados e oito óbitos. Foram notificados 397 de zika e 201 chikungunya no mesmo período. Boletim epidemiológico completo disponível aqui.

› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br