Os Assistentes Educacionais Inclusivos selecionados pelo processo seletivo, realizado neste mês de julho, passaram por uma capacitação intensiva durante todo o sábado (27), no Centro de Formação da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Ao todo, 226 profissionais tiveram aulas de Acessibilidade e Tecnologia, Transtorno do Espectro Autista, Surdez e Baixa Visão. Os temas foram abordados por especialistas da divisão de Educação Especial, que também falaram sobre Deficiência Intelectual e o funcionamento das salas de recurso multifuncional.
As salas são espaços onde os Assistentes Educacionais Inclusivos produzem elementos para adequar as atividades dos alunos de acordo com a deficiência.
Presente na abertura do curso, a secretária-adjunta de Educação, Soraia Campos, ressaltou a formação profissional das Assistentes e destacou o preparo que possuem . “Todos vocês são competentes e estão preparados para assumir esta responsabilidade. Ficamos muito satisfeitos em ver que muitos têm graduação ou já estão realizando, por isso estamos aqui para valorizá-los”, afirmou a secretária-adjunta.
A técnica da divisão de Educação Especial, Caroline Xavier Siqueira, explicou que ao todo foram chamados 226 profissionais, e neste primeiro momento, 150 assumirão as vagas. Todos passaram por um processo seletivo concorrendo com mais de dez mil candidatos.
Nesta segunda-feira (29) , os profissionais escolherão a unidade em que irão atuar para, já nesta terça-feira (30), assumirem o cargo nas unidades escolares.
Carolina Siqueira explica que, nesta primeira semana, os técnicos da Semed irão acompanhar o trabalho das profissionais, sendo que o suporte será permanente. “Nossa formação é completa, abordando todos os aspectos do aluno com deficiência”, afirmou a técnica. Ela complementa que ainda as formações continuam em outras etapas, inclusive dentro do projeto “Reflexões Pedagógicas”, que contempla diversos profissionais da Rede Municipal de Ensino (Reme) com capacitações específicas.
Além de atender os alunos e auxiliar o professor regente, os Assistentes Educacionais Inclusivos também produzem relatórios bimestrais e planos pedagógicos individuais que atendem a necessidade do aluno assistido.
Contribuir
Para os profissionais que irão assumir o cargo nesta terça-feira, a expectativa de contribuir com um atendimento de excelência é grande. Formada em Pedagogia e com Pós-graduação, Elisângela Almeida Sales Cunha, já atuou com crianças com deficiência e acredita que a oportunidade de trabalhar na Reme representa um desafio e já pensa em se especializar em Educação Especial. “Estamos recebendo todas as orientações, o que nos dá muita segurança”, frisou, destacando que irá aprofundar a cada dia a pesquisa e estudos na área de educação especial.
Também formada em Pedagogia, Ana Laura Rosa Sandim quer estabelecer uma relação de parceria e troca de experiências com os alunos e familiares. “Minha referência são as crianças com Síndrome de Down. Quero me especializar ainda mais”, ressaltou Ana Laura, que decidiu seguir a carreira motivada pelo filho, diagnosticado com hiperatividade.
Ampliação
A Prefeitura de Campo Grande aumentou em 38% o atendimento a crianças com deficiências na Reme. Em 2018, foram atendidos 1.800 alunos enquanto que, este ano, o número saltou para 2.500 alunos, tornando a Reme referência no atendimento inclusivo. O maior número é de crianças com deficiência intelectual, que totalizam 1.002 alunos, seguido de Transtorno do Espectro Autista, que soma 691 alunos.
Ainda há casos de surdez, deficiência auditiva, paralisia cerebral, baixa visão, deficiência física, Síndrome de Down e cegos, além dos 40 atendimentos nas salas de Altas Habilidades.
A Reme conta com 60 Assistentes de Educação Infantil e 319 Assistentes Educacionais Inclusivos que atuam 40 horas semanais.
De acordo com o superintendente de Políticas Educacionais da Reme, Waldir Leonel, a escolha desses profissionais, que irão substituir alguns cargos de Apoios Pedagógicos Especializados, é amparada pela Lei de Diretrizes e Bases, no artigo 59, que destaca que tanto os professores com especialização adequada em nível médio ou superior podem prestar atendimento especializado.
› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br