Representando o Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso do Sul “Raimunda Luzia de Brito”, a Subsecretária de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, Ana José Alves, participou da Oficina de fortalecimento dirigida a representantes de organizações de mulheres afrodescendentes e indígenas do Mercosul. Evento que ocorreu durante o Encontro Regional de representantes da Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher (RMAAM), Reunião de Autoridades sobre Povos Indígenas (RAPIM) e Reunião de Autoridades sobre os Direitos dos Afrodescendentes (RAFRO), em Montevidéu.
A Oficina teve como objetivo gerar uma instância de capacitação e fortalecimento dirigida especialmente a mulheres afrodescendentes e indígenas das regiões representadas, em que se proporcionem ferramentas para a defesa e promoção de seus direitos humanos. “No encontro buscamos identificar as barreiras e obstáculos que experimentam as mulheres indígenas e afrodescendentes para exercer os planos de direito, além de formular recomendações e propostas para incorporar políticas de igualdade de gênero dentro do Mercosul”, ressalta a Subsecretária Ana José.
Tanto o Encontro Regional como a Oficina são atividades do projeto de cooperação entre a RMAAM e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), denominado “Proposta de uma Estratégia Regional de Desenvolvimento Sustentável para mulheres afrodescendentes e indígenas do MERCOSUL”. O projeto é executado pela RMAAM e é coordenado pelo Instituto Nacional de Mulheres, do Uruguai.
“O evento é importante porque reuniu mulheres de diversos países da América do Sul e possibilitou uma discussão aprofundada sobre a situação da mulher indígena e afrodescendente no âmbito do Mercosul. Além disso, favorece o intercâmbio sobre a realidade dessas mulheres em seus países”, afirmou a Secretária Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena.
O Brasil enviou quatro representantes para o encontro regional, sendo 2 representantes da RMAAM, 1 representante da RAPIM e 1 representante da RAFRO. “Foi fundamental a participação do nosso Estado. Mato Grosso do Sul destaca-se no cenário nacional pela ampla população indígena e negra. Falando mais profundamente sobre o movimento negro, começamos nossas ações no ano de 1985, com a fundação do Grupo TEZ e anos para frente em 1995 a criação do Coletivo de Mulheres Negras. Desta forma, participamos ativamente de colegiados nos municípios, estado e a nível nacional, projetando nossas trajetórias de lutas ao enfrentamento a discriminação racial. Queremos e vamos sair da invisibilidade no tocante da sociedade civil”, conclui Ana José.
A intenção do Encontro foi formular recomendações e propostas para incorporar a perspectiva étnico-racial nas políticas públicas voltadas às mulheres.
› FONTE: Portal do MS