Com a participação de dezenas de pessoas que já tiveram problemas com a dependência química ou alcoolismo, a Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos(SDHU) promoveu, nessa sexta-feira (18), a carreata “Campo Grande em Ação, Drogas Não”, com o objetivo de alertar a sociedade em relação ao uso de substâncias psicoativas e seus riscos, como a dependência e a degradação física e mental.
A ação foi alusiva ao próximo dia 20, Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. “Resolvemos fazer essa carreata não só para alertar a sociedade sobre os riscos do uso de drogas e álcool, mas também para mostrar que Campo Grande tem sim ajuda para quem quiser sair desse caminho, do vício que leva a destruição. Hoje temos 300 vagas disponíveis, totalmente gratuitas, para quem quiser fazer o tratamento custeado pela Prefeitura”, destaca Bárbara Cristina Rodrigues, diretora-adjunta da SDHU e coordenadora de Proteção à População de Rua e Políticas sobre Drogas (COPRAD).
Somente em 2021, mais de 900 pessoas foram acolhidas pelo programa. Um desses casos é o de Jeferson Alves, presente na carreata. Ex-jogador de futebol, foi usuário de drogas por 19 anos. Hoje aos 42 anos, está livre da dependência e apoia causas que lutam para tirar outras pessoas do vício.
“Tive muitos momentos difíceis na vida por causa das drogas, virei até mendigo. Era um excelente jogador de futebol de vários clubes consagrados. Foi com a ajuda de outras pessoas que consegui me livrar da dependência e por isso hoje estou aqui, para me colocar à disposição de quem precisa e mostrar que é possível sair do vício com força de vontade e apoio”, relata.
Os adictos são acolhidos por Comunidades Terapêuticas (CTS) conveniadas pela Prefeitura Municipal por meio da SDHU. No total, são 11 entidades que oferecem aos dependentes tratamento psicológico e cursos profissionalizantes, para pós-tratamento, serem reinseridos no mercado de trabalho. O tratamento pode durar de nove meses a um ano.
“Além de amparar as pessoas que estão em estado de vulnerabilidade nas ruas e em uso de drogas, o programa tem um fator ainda mais importante: o retorno de convivência com sua família, que são as pessoas que mais sofrem em ver um ente querido naquela situação de extrema tristeza”, aponta Amadeu Borges, subsecretário municipal de Defesa dos Direitos Humanos.
Os interessados em aderir ao Programa podem se dirigir diretamente na SDHU, Rua Pedro Coutinho, 121 – Jardim dos Estados. Informações pelo telefone 2020-1185.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), a SDHU também faz o trabalho de abordagem com pessoas que estão nas ruas em uso de drogas, principalmente em pontos de concentração de usuários, como também com denúncias de locais apresentados pela sociedade civil.
› FONTE: PMCG