Após 10 anos de entraves para liberação dos recursos, adequações do projeto, a Prefeitura inicia as obras de controle de erosão na nascentes do Córrego Gameleira, na saída para São Paulo, às margens da Avenida Gury Marques. Além de praticamente secar um trecho extenso do Córrego, reduzido a um filete de água no fundo da cratera que tem 6 metros de profundidade por 20 metros largura, o avanço da voçoroca coloca em risco um trecho da avenida, a sede campo de sindicato dos eletricitários e até mesmo um residencial, o Novo Século.
Nos últimos 4 anos a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), conseguiu conter o avanço do buraco despejando milhares de caminhões de aterro. Paralelamente foi concluída a implantação de 2 km de drenagem na Cidade Morena, bairro mais acima, outra margem da Gury Marques. A tubulação reduziu a velocidade da enxurrada que atravessa pela tubulação sob a avenida antes de desembocar no córrego e arrancava o barranco do córrego.
O controle da erosão permitiu a adotar uma solução de engenharia mais barata. Ao invés de uma barragem de nove metros, um vertedouro de cinco metros, em forma de tulipa, será feito um dissipador de energia (uma espécie de escada para reduzir a velocidade da água) logo após a travessia da avenida. O buraco será parcialmente aterrado e sobre ele está programada a construção de 14 barragens ao longo do buraco com 1,5 metro de altura.
De acordo com o secretário adjunto de Infraestrutura, Ariel Serra, quando a água da chuva atingir a cota máxima suportada pela barragem, o excedente vai cair neste vertedouro, espécie de poço profundo, e voltará ao curso normal do córrego, por onde escoará sem ampliar a voçoroca. Segundo ele, a cratera aberta será fechada gradativamente com o próprio sedimento retido na barragem.
A obra chegou a ser licitada há quatro anos, mas não foi levada adiante porque na época a empreiteira vencedora da concorrência desistiu do contrato.
Ocupação
A erosão neste trecho do Gameleira, em boa medida, decorre das características do terreno (a região é bastante arenosa). No entanto, se acentuou a partir da duplicação da Avenida Gury Marques e do processo de ocupação urbana da margem esquerda (sentido centro/bairro) da via, iniciado ainda nos anos 70, com a construção das Moreninhas.
Foi feita uma galeria que atravessa a avenida, por onde escoa toda a enxurrada da parte alta, que deságua no córrego. Há quatro anos, foi implantado mais acima um tubo amrco, sob as duas pistas da Gury Marques, que recebe as águas pluviais da Cidade Morena. Há três meses foram concluídas as obras de drenagem na Cidade Morena.
A obra acaba com os pontos de alagamento em algumas ruas já asfaltadas, onde a drenagem não tinha sido ativada porque faltava a tubulação que levaria até o Gameleira as águas pluviais da parte alta do bairro e das Moreninhas. Foram implantados 2 km de drenagem e feitos 600 metros de galerias tubulares as margens da Avenida Marques onde havia uma cratera.
No Cidade Morena, a rede de drenagem foi implantada nas ruas Campos do Jordão, do seu início até a Israelândia; da Israelândia, entre a Campos do Jordão e a Inconfidentes; Rua Guarani, entre a Israelândia e a Cana Verde; Rua Jaguariúna, entre a Floeral e a Guarani; rua Buenópolis, da Avenida Alto da Serra até a Rua Cana Verde; Travessa Gramados, do seu início até a Rua Buenópolis e prolongamento da Rua Neferson Clair de Moraes. Para eliminar um ponto de alagamento na Rua Minas Novas, perto de um condomínio, foram feitos 345 metros de tubulação até a Rua Buenópolis para escoar a enxurrada até o Gameleira.
› FONTE: PMCG