O projeto “Inclusão Radical”, desenvolvido na Escola Municipal Prof. Fauze Scaff Gattass Filho, que fica no Jardim Carioca, foi reconhecido nacionalmente pelo Programa Cooperjovem. Desenvolvido desde 2018, na unidade, o Projeto amplia a possibilidade de acesso a práticas não convencionais de esporte para crianças com algum tipo de deficiência.
Além dos alunos com deficiência, o projeto também envolve alunos sem deficiência promovendo a inclusão de todos e possibilitando a participação em esportes radicais e em desafios. O professor de educação física Washington Pagane, responsável pela ação, atua na unidade há oito anos e, no ano passado, quando o Projeto foi inscrito e avaliado, realizou as atividades também na Escola Municipal Professor Nagib Raslan, no Jardim Petrópolis, e Escola Municipal Geraldo Castelo, no Bairro Monte Líbano.
As atividades incluem trilhas, canoagem, minitirolesa e slackline, um esporte de equilíbrio que utiliza uma fita de nylon esticada entre dois pontos fixos, permitindo ao praticante andar e fazer manobras. “O reconhecimento nacional é um estímulo muito grande. Neste Projeto, conseguimos atender crianças com deficiência física, paralisia cerebral, autismo e síndrome de Down. Isso traz dois aspectos importantes, para as crianças que, normalmente, não fariam estes tipos de atividades e para quem observa que eles são capazes”, explica o professor.
O Projeto foi desenvolvido com aproximadamente 100 alunos do 2º ao 7º ano do ensino fundamental, em 2019, ano em que os estudantes fizeram trilhas no Morro do Ernesto e canoagem, em local adequado e com acessibilidade. Outras ações foram desenvolvidas na própria escola, com o auxílio de professores voluntários, em uma rede de apoio. “É gratificante ver a alegria das crianças que participam, porque eles podem ser incluídos, sim”, afirma Pagane.
Os casos de sucesso foram analisados e veio o reconhecimento à criatividade, à visão e aos resultados obtidos ao longo dos últimos dois anos (2018 e 2019). O Projeto da Escola Municipal concorreu com 595 outras práticas de todo o Brasil. No início do mês de novembro foi divulgado que o “Inclusão Radical” estava dentre os três finalistas nacionais e, ontem, em uma cerimônia on-line, confirmou-se a segunda colocação. “A inclusão depende de todos e podemos fazer a diferença”, finaliza o professor.
› FONTE: PMCG