O perfil do eleitorado de Mato Grosso do Sul mudou em quatro anos, apontam as estatísticas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As oscilações nas características da massa votante podem incidir nos índices de abstenção, e até mesmo influenciar na escolha dos representantes na prefeitura e Câmara de Vereadores.
A fatia de votantes com mais de 60 anos cresceu e hoje responde por quase um quinto do total. Segundo o TSE, 368,8 mil eleitores estão neste nicho em Mato Grosso do Sul, salto de 16,5% (ou 53,3 mil pessoas) em relação às eleições de 2016.
Doutor em Ciência Política, o professor do curso de Ciências Sociais da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Daniel Estevão Ramos de Miranda, associa a mudança à possibilidade de aumento nos índices de abstenção.
Por lei, o voto não é obrigatório para quem tem mais de 70 anos. Mato Grosso do Sul tem 155,3 mil votantes nesta faixa.
Outro perfil que aglutinou mais eleitores em 2020 é o dos casados, com 140,8 mil novos votos se comparado com 2016. São 706 mil pessoas na categoria, um terço dos 1,932 milhão de votantes no Estado.
Assim, a representatividade dos solteiros entre os eleitores caiu – de quase dois terços (64,4%) dos aptos ao voto há quatro anos, para pouco mais da metade (53,6%) em 2020.
› FONTE: Midiamax