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CAMPO GRANDE AMPLIA EM QUASE 100% A QUANTIDADE DE LEITOS DE UTI PARA ATENDER CASOS GRAVES DE COVID-19

Publicado em 29/04/2020 Editoria: Saúde sem comentários Comente! Imprimir


O município de Campo Grande ampliou em quase 100% a quantidade de leitos de terapia intensiva (UTI) para atender pacientes com coronavírus (Covid-19). O número de leitos clínicos de retaguarda também foi ampliado de forma significativa para reforçar a estrutura de assistência hospitalar e garantir atendimento adequado à população.

Ao todo, 453 leitos, sendo 341 clínicos e 112 de UTI,  foram contratualizados pela Prefeitura de Campo Grande, em parceria com o Governo do Estado, em hospitais públicos, filantrópicos e particulares do município, para atender exclusivamente casos de Covid-19 e outras síndromes respiratórias. O município contava com 1001 leitos clínicos e 139 de UTI.

Leitos contratualizados exclusivos Covid-19 e outras SRAGs

 

Hospital Leitos clínicos Leitos de UTI
Santa Casa 100 28
Hospital de Câncer 20
Hospital Regional 142 47
Proncor 26 20
Clínica Campo Grande 20 10
El Kadri 33 07
Total: 341 112

 

Total geral: 453

Inserção de leitos atualizada, às 15h, do dia 29 de abril de 2020

Conforme o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o município está se estruturando para lidar com um eventual aumento no número de casos no futuro.

“Não podemos pensar que estamos em uma situação confortável porque estamos ampliando a nossa estrutura hospitalar e temos leitos disponíveis, pelo contrário, temos que continuar atuando de maneira preventiva para evitar que o sistema seja sobrecarregado”, ponderou.

Menor risco de colapso

Segundo levantamento feito pelo prof. Diogo Ferraz, do Blog Valor Adicionado, com base nas informações do Datasus e do Brasil.io, a capital de Mato Grosso do Sul está com o índice-Covid em 0,01. Enquanto que as capitais que estão em situação de urgência estão com 1.

Campo Grande é a segunda capital, dentre todas do país, com mais leitos disponíveis para internação. Cinco capitais já estão à beira do calapso: Manaus, Macapá, São Paulo, Fortaleza e Palmas.

A situação mais confortável da capital, se deve às medidas urgentes tomadas no início da crise, e por isso é tão importante que as pessoas continuem em casa.

Metodologia

O COVID-Index mensura a utilização da estrutura hospitalar das regiões brasileiras – capitais, estados e microrregiões. Quanto mais perto de 1, ele mostra que a estrutura hospitalar de uma região está próxima do seu limite ou do colapso.

O índice leva em conta um modelo matemático não-paramétrico alimentado por vários indicadores, como:

• Quantidade de leitos clínicos
• Quantidade de respiradores
• Quantidade de médicos (clínicos, infectologistas e pneumologistas)
• Número de casos confirmados de coronavirus
• Número de óbitos por coronavírus

Dados epidemiológicos Covid-19

Campo Grande foi uma das primeiras cidades do país a estabelecer medidas a fim de reduzir a disseminação do Covid-19, como das aulas na rede pública, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Tais medidas forma importantes para retardar o avanço da doença.

Até o dia 29 o município contabilizou 1.660 casos notificados da doença, sendo 1.471 descartados, 40 suspeitos, 128 confirmados e dois óbitos.

Dos 128 pacientes confirmados, oito estão internados, 24 em isolamento domiciliar e 96 curados.

Entre os sintomas mais comuns diagnosticados nos casos positos para Covid-19 estão: febre (20%), tosse (19%),  dor de garganta (11%), entre outros, conforme mostra o MAPA abaixo:

› FONTE: PMCG


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