Mais de 1,5 imóveis foram inspecionados e 81 focos do mosquito Aedes aegypti eliminados nesta terça-feira (04) durante a operação “Mosquito Zero – É matar ou morrer”, na região do Anhanduizinho. Os trabalhos de enfrentamento ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, acontece na região até o dia 11 de fevereiro.
Segundo dados da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), ao todo,foram 1.502 imóveis inspecionados, 966 depósitos e 81 focos do mosquito eliminados. Além disso, 30 caminhões de materiais inservíveis já foram retirados das áreas de descarte disponibilizadas à população.
Seis pontos de coleta foram distribuídos em diferentes locais para que os moradores possam fazer o descarte de materiais inservíveis de grande volume, como sofás, geladeiras, televisores, entre outros móveis e eletrodomésticos.
A exemplo da primeira etapa, realizada na região Imbirussu, os trabalhos contemplarão a limpeza de terrenos públicos, transporte de materiais inservíveis descartados, alocação pontual e temporária dos descartes em locais previamente definidos, fiscalização e autuação de descartes irregulares, visita às casas pelos agentes de combate às endemias para detecção de focos, limpeza, orientação e conscientização da população sobre os riscos e consequências das doenças transmitidas pelo mosquito.
Na região Imbirussu, foram mais de 4,1 mil imóveis inspecionados, 2,3 mil depósitos e 300 focos eliminados e ainda 2,5 mil toneladas aproximadamente de materiais inservíveis recolhidos pelas equipes da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).
Além de inspeções em residências, é feita a vistoria em pontos estratégicos, áreas consideradas de maior risco de proliferação de mosquito e que exigem um trabalho específico, a exemplo de borracharias, oficinas mecânicas, pontos de recicláveis, construções, casas e construções abandonadas.
Durante as visitas, os profissionais de saúde orientam os munícipes a seguirem os cuidados necessários: nunca deixar ao ar livre qualquer recipiente propenso a acumular água, manter a limpeza de terrenos e quintais em dia, instalar telas nas janelas, colocar areia até a borda dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, limpar e trocar a água de bebedouros de animais, proteger ralos pouco usados com tela ou jogar água sanitária.
Pontos de descarte
Nesta etapa o número de pontos de descarte foi ampliado de quatro para seis, o que consequentemente facilitará o acesso dos moradores da região.
Área 01: R. Catiguá com R. Medrado e R. Maria de Lurdes Vieira de Almeida – Bairro Centro-Oeste.
Área 02: R. Iemanjá com R. Tumbergia e R Gerbera – Bairro Aero Rancho.
Área 03: Av. Sen. Filinto Muller com Rua Gabriel Abrão – Bairro Parati.
Área 04: R. Elvira Pacheco Sampaio com R. Belmira com R. Julia Pereira de Souza – Bairro Alves Pereira
Área 05: R. Dom Fernandes Sardinha com R. Benedito Viana com R. Aristides Lobo – Bairro Los Angeles
Área 06: R. Antônio Carlos Esporotto com R. Dario Anhaia Filho – Bairro Lageado
Cronograma
A expectativa é de que até abril as sete regiões de Campo Grande tenham recebido uma ação semelhante, conforme cronograma pré-definido.
Dados epidemiológicos
Janeiro terminou com 25% de notificações a menos de dengue, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Conforme os dados parciais divulgados pela Gerência Técnica de Endemias da SESAU na terça-feira (04), foram notificados 2.273 casos da doença no primeiro mês deste ano, contra 3.027 no mesmo período em 2019.
Os casos de zika e chikungunya também foram menores em janeiro deste ano. Em 2019 foram 78 notificações de zika e 69 de chikungunya, contra 25 e 12 respectivamente, neste ano.
O boletim epidemiológico completo com série histórica está disponível clicando aqui.
Infestação pelo Aedes
Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.
O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.
O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.
› FONTE: PMCG