Somente nos primeiro 28 dias deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) recebeu mais de 500 pedidos para exterminar infestações de escorpiões em imóveis de Campo Grande. Até agora, desse total, somente 20% das solicitações se enquadraram nos requisitos para a realização de desinsetização, e, na maioria das demais, a instalação de barreiras já foi suficiente para acabar com o aparecimento de novos espécimes.
Quando encontrado um escorpião na residência, o medo de algum acidente toma conta dos moradores e, a primeira reação que parte da população é acionar o CCZ para realizar um pedido de desinsetização do local. Nesse momento, quando não há caso de incidente escorpiônico, o morador é orientado sobre quais as medidas devem ser tomadas para evitar novos aparecimentos.
“É fundamental a colocação de barreiras físicas para evitar o aparecimento de escorpiões, fechar ralos, colocar telas em caixas de gordura e de escoamento de água, além de realizar, cotidianamente, a limpeza dos terrenos”, explica a veterinária Juliana Resende, coordenadora do setor de controle de roedores, animais peçonhentos e sinantrópricos. Segundo ela, na maioria dos casos, essa é a medida necessária para evitar a maioria dos acidentes e o melhor método de controle dos escorpiões.
Se tomadas essas precauções e ainda houver aparecimento desses artrópodes, ou em casos de acidentes, o morador deve solicitar uma visita para realizar a desinsetização da residência, que, das 543 solicitações feitas somente nesse ano, foi necessária em somente 113 casos, o que corresponde a 20,8% dos pedidos.
“Há vezes que orientamos os moradores, eles solicitam a visita logo em seguida, mas quando chegamos lá, sequer encontramos uma das barreiras que foi recomendada fazer, então, é claro que os escorpiões vão continuar invadindo a residência” complementa a gerente-técnica do setor de controle de roedores, animais peçonhentos e sinantrópricos, Christianne Brandão.
Essa visita pode ser solicitada através dos telefones 3313-5000 ou 2020-1796. “Temos recebido muitas reclamações, inclusive gente que chega aqui acusando que deixamos o telefone fora do gancho para não tocar, mas é que o número de ligações tem sido tão grande, que a população não consegue falar conosco mesmo”, explica a veterinária.
Ela ainda ressalta que é necessário ter paciência para o agendamento, já que houve um aumento muito grande, em relação aos pedidos feitos no ano passado. Em 2019 o CCZ registrou 825 pedidos de desinsetização, sendo que, somente neste mês de janeiro os registros já ultrapassam 65% de todo o ano passado.
› FONTE: PMCG