Nesta quarta-feira (14) a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), irá desencadear uma mega operação de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação vai mobilizar 280 agentes e a estimativa é de que, até sexta-feira (16), aproximadamente 19 mil imóveis sejam inspecionados nas sete regiões urbanas de Campo Grande.
As equipes irão atuar de forma simultânea em treze bairros fazendo a inspeção de imóveis, terrenos báldios e identificação e eliminação de focos, além de recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito e orientação dos moradores.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o objetivo é atuar de maneira enérgica e efetiva, sobretudo nas áreas que apresentam altos índices de infestação.
“Estamos trabalhando diurtunamente para evitar que o nosso município enfrente novamente uma epidemia e que mais pessoas sofram por causa deste mosquito. Vamos continuar intensificando as ações, mas é preciso que a população entenda que não basta o Poder Público fazer a sua parte. É preciso a união de esforços para que a gente possa vencer essa guerra, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das casas. Além disso, pedimos para a população que receba o agente de saúde na sua casa. Abra as portas. Essa é uma ação em benefício da sociedade”, pondera.
Infestação
Levantamento de Índice Rápido de Infestação, o LiRaa, realizado neste mês de janeiro, revelou que sete áreas encontram-se em situação de risco, quando o índice de infestação é superior a 3,9%. O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios. O levantamento completo está disponível para download aqui.
O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depositos. A área da USF Azaléira aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.
Dados epidemiológicos
Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior. Foram 355 notificações contra 519 de 2018.
Até o dia 08 de janeiro deste ano já foram notificados 59 casos de dengue e 1 de zika. Nesta semana foi confirmado o primeiro óbito por dengue em Campo Grande. Um homem de 30 anos que estava internado em um hospital particular da Capital.
› FONTE: PMCG