Construções inacabadas e imóveis comerciais em situação de abandono serão vistoriados durante ação de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya. O trabalho é executado pela equipe de Imóveis Especiais da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande.
Inicialmente as ações irão ocorrer nesta quinta (09) e sexta-feira (10) de forma pontual em locais previamente identificados e catalogados pela equipe da coordenadoria como de risco em potencial, considerando a situação de abandono, depredação, presença de entulhos e materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito. Nestas situações, segundo o serviço, há cerca de 400 imóveis catalogados.
A expectativa, segundo o secretário municipal de Saúde José Mauro Filho, é potencializar estas ações e buscar formas de identificar e responsabilizar os proprietários destes imóveis, tendo em vista que, apesar de necessárias, tais ações trazem custos ao município.
“É preciso que a sociedade entenda qual é o papel de cada um de nós nesta tarefa. Não é mais admissível se esperar somente uma atitude do Poder Público. Nós estamos fazendo a nossa parte, mas é preciso o envolvimento de todo mundo. O proprietário do imóvel precisa saber que ele é responsável por mante-lô em boas condições e não torna-lô um espaço propício para a profiliferação do mosquito da dengue (Aedes aegypti) e outras doenças”, pondera.
Uma reunião envolvendo várias secretarias e a Procuradoria Geral do Município (PGM) prevista para acontecer na sexta-feira deve discutir, entre outros pontos, os aspectos legais para que o municipio possa aplicar sanções aos proprietários destes imóves.
Durante os trabalhos os agentes devem atuar na identificação e eliminação de depositos e focos do mosquito, além do isolamento de vasos sanitários, banheiras, caixas d’agua, entre outros recipientes.
Trabalho efetivo
Em 2019 a equipe de Imóveis Especiais foi responsável por atender 1513 denúncias do período de abril a dezembro quando as atividades foram estendidas a toda Campo Grande, sejam estas vindas dos servidores de campo, demanda gerada por denúncia de ouvidoria ou de levantamento da própria equipe, sendo eliminados 974 focos em depósitos diversos.
Levantamento feito pela equipe de Imóveis Especiais iniciado em outubro de 2018 apontou a existência de 4.200 imóveis (residenciais e comerciais) desocupados somente na área central, com uma equipe de 05 servidores que também atuam como chaveiro para realizar as vistorias. .
LiRaa
O trabalho de atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) continua sendo realizado nas sete regiões de Campo Grande. O levantamento é importante para mapear os pontos mais críticos e auxiliar nas ações estratégias a fim de otimizar as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e garantir que as mesmas sejam efetivas.
Dados epidemiológicos
Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior. Foram 355 notificações contra 519 de 2018.
› FONTE: PMCG