A Agência Municipal de Habitação (Emha), preocupada em ampliar as discussões acadêmicas e proporcionar vivências profissionais no campo da habitação de interesse social, divulga vaga para estágio obrigatório (meio período) para estudantes de Arquitetura e Urbanismo da Capital. Os interessados devem enviar currículo e um texto explicando o motivo do interesse da vaga pelo e-mail: habitação.emha@gmail.com.
Além de dar oportunidade aos acadêmicos de atuar no mercado de trabalho, a Emha também busca premiar a criatividade deles e lançou no Feirão Habita Campo Grande, que aconteceu entre os dias 15 e 17 de agosto deste ano, a segunda edição do prêmio para estudantes de Arquitetura e Urbanismo – Campo Grande Bem Melhor. O prêmio teve como objetivo consolidar os conhecimentos da academia para buscar soluções atuais para as antigas problemáticas das cidades de forma geral.
O grupo vencedor deste ano foi composto por Daniella Alves Leal e Mariana Marsura da Silva Leme, orientadas pela Profa. Andrea Naguissa Yuba, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, com o tema Habitação Guará. O projeto apresentou um empreendimento de interesse social, com critérios de construção por meio de mutirão assistido, destinado a homens e mulheres para promover geração de empregos e qualificação profissional para os moradores que ali habitaram. A proposta visa promover a integração do espaço público e privado, como também, soluções sustentáveis desde a construção e manutenção das atividades posteriores, desenvolvimento comercial e de adensamento para a região entre os bairros Tiradentes e Vilas Boas, favorecendo nesse último citado, a movimentação do comércio noturno mais ativo da região.
As acadêmicas, pela excelência ao atendimento dos quesitos solicitados pelo 2º Prêmio, receberam o troféu Campo Grande Bem Melhor – Emha e o cheque no valor de R$ 1.500,00. Para Daniella Alves Leal, uma das integrantes do projeto vencedor, algumas estratégias de projeto dentro do mercado imobiliário impedem que o arquiteto possa explorar ao máximo o potencial dos espaços e pensar no público como o verdadeiro valorizador do lugar. “Esse concurso, colocando em questão a maneira de projetar habitações sociais, deu a oportunidade de mostrar que na faculdade de arquitetura, as ideias de melhoria dos espaços são também inclusivas”, considerou a acadêmica.
Habitação social humanizada
O prêmio buscou estimular os estudantes para que “pensem fora da caixa”. Diante disso, é preciso considerar os espaços em locais onde pessoas se cumprimentem, se conheçam, pratiquem esporte juntos e possam interagir. “Projetamos para que os beneficiários tenham relações mais amigáveis entre si, que o residencial deixe de longe a solidão dos idosos, crie vínculos entre crianças e jovens e faça com que o público de idade média se esforce para manter a vivacidade do lugar”, complementou Daniella.
De acordo com Mariana, também parte do grupo vencedor pelo projeto Habitação Guará, é importante que os estudantes participem desse concurso. “Houve a chance de colocar em prova os conhecimentos adquiridos na faculdade. Diferentemente daquilo que o mercado impõe, tivemos a liberdade para estudar e utilizar métodos construtivos não convencionais, além de aplicar conceitos de urbanismo e sustentabilidade que melhoraria a qualidade de vida. Não só dos beneficiados pela habitação, mas para toda a cidade direta ou indiretamente”, explica a vencedora.
Já a orientadora do projeto, professora doutora Andrea, destacou a importância que o prêmio tem de aproximar a universidade da sociedade para mostrar às pessoas que o que se faz nas universidades é sério, atual e preocupado com os problemas das nossas cidades.
Foram destinadas menções honrosas, ao grupo, composto por Camila Alves Finco, Franciane dos Santos Pereira, Gabriella Pereira de Almeida e Vinicius Diogo de Farias Rocha orientados pela Profa. Liliane Carvalho Rosa, da UNIDERP, com o tema: Residencial Villa Renascer, desenvolvido para idosos, com limitações de mobilidade, visual e/ou auditiva.
Igualmente para o grupo, composto por Jeovana Oliveira Alencar e Juliana Moura Cardoso orientados pelo professor Alessandro Campos, da UCDB, com o tema: Estudo a Comunidade Quilombola Tia Eva, no Bairro Jardim Seminário, destaca que o projeto, foi desenvolvido para manter a história cultural da comunidade viva, por meio da arquitetura, entrevê o uso de tijolos ecológicos produzidos a partir de materiais que seriam descartados.
› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br