A partir deste mês, todos os recém-nascidos no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, de Ponta Porã, terão alta da maternidade com os testes da orelhinha e da linguinha realizados na unidade.
Os exames são obrigatórios por lei e têm o objetivo de detectar problemas auditivos e alterações na língua que podem causar dificuldades para o bebê na hora de amamentar, mastigar e falar. A unidade, de responsabilidade do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), é gerenciada pelo Instituto Acqua.
Os exames são realizados na própria unidade pela fonoaudióloga, com equipamentos de referência. Para os bebês que não nasceram na maternidade, os pais poderão realizar o agendamento do exame no período vespertino na recepção social do hospital.
O teste da orelhinha é indolor, não tem contraindicação e pode ser feito com o bebê dormindo. “Nós introduzimos o aparelho com uma ponta confortável no ouvido que emite ondas sonoras. Esse som movimenta as células do ouvido e retorna ao equipamento com o resultado na hora. Caso tenha alguma alteração orientamos massagem no ouvido e marcamos um retorno ambulatorial. No exame da linguinha realizamos exame físico bem rápido e já conseguimos diagnosticar a língua presa e encaminhar para fazer o pequeno corte”, explica a fonoaudióloga Isabela Pini.
A profissional explica a importância dos recém-nascidos saírem da maternidade com o exame físico. “No teste da orelhinha conseguimos ver se as células do ouvido do bebê estão em estado normal de funcionamento. O aparelho detecta precocemente algum grau de surdez. Já no teste da linguinha, detectamos alterações no frênulo, um pequeno tecido, e outros aspectos como a língua presa. O bebê com essa alteração possui dificuldade para sugar na mamada e geralmente machuca o seio da mãe. O diagnóstico precoce evita problemas futuros para o bebê”, diz ela.
Gislaine da Silva Anastácio, mãe do Pyetro Anastácio Fernandes, que nasceu no dia 28 de maio na maternidade do Hospital Regional de Ponta Porã, falou da sua satisfação pelo atendimento que o filho recebeu. “Agora que os exames são feitos no próprio hospital, facilitou muito. Antes tínhamos que nos deslocar para fazer em outro lugar. É bem rápido e o bebê fica dormindo. Com certeza irá facilitar para as outras mães também”, contou.
O Hospital
Entre os exames ofertados pelo Hospital Regional de Ponta Porã, constam os de Raio-X, tomografia computadorizada, ultrassonografia, eletrocardiograma, endoscopia e exames laboratoriais. A equipe do centro cirúrgico é composta por 20 médicos das especialidades de cirurgia geral (urologia, ortopedia, ginecologia, obstetrícia). A unidade possui cerca de 350 funcionários (diretos e indiretos).
O Hospital atende a população dos oito municípios da região sul do Estado e conta com 107 leitos, sendo 29 destinados a Clínica Cirúrgica/Ortopédica, 20 para a Maternidade, 16 leitos na Clínica Pediátrica e 32 na Clínica Médica. Também possui 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Possui ainda unidade atendimento de urgência e emergência, ambulatorial, internação nas especialidades de clínica médica, cirúrgica, gineco-obstétrica, pediátrica, ortopédica e UTI adulto. Possui, ainda, ampla estrutura de apoio diagnóstico e terapêutico.
A atenção à saúde oferecida pelo Hospital Regional de Ponta Porã envolve assistência humanizada, integral e contínua, bem como acolhimento dos pacientes com uso de protocolo de classificação de risco, além de equipe multiprofissional.
Apenas período de 29 de março a 30 de abril de 2019 foram realizadas 261 cirurgias, 6.039 exames de média complexidade, 148 partos, 675 internações, 58 internações de UTI, 15.101 procedimentos ambulatoriais, 7.443 consultas médicas, 7.098 consultas de urgência e emergência, 345 consultas multiprofissionais, e 9.062 atendimentos gerais.
› FONTE: Portal do MS