Alunos do 8º ano da escola municipal Professor Nerone Maiolino realizaram, nesta quinta-feira (30), uma visita ao Museu de Arqueologia da UFMS e ao Museu da Imagem e do Som, como parte do projeto “Educação Patrimonial: Valorização do Patrimônio Cultura Imaterial Indígena do MS”, desenvolvido por técnicos da Divisão de Educação e Diversidade da Secretaria Municipal de Educação. Os dois museus funcionam na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, região central da Capital.
Esta é a segunda etapa da ação que envolve, ainda as escolas Professor João Cândido de Souza, Professor Vanderlei Rosa de Oliveira, Nazira Anache e Consulesa Margarida Maksoud Trad, totalizando 944 alunos do 5º ao 9º ano. Em um primeiro momento, os alunos foram até a aldeia Água Bonita, conhecer a realidade de seus moradores.
A ideia da visita monitorada aos museus foi conhecer a história das primeiras etnias de Mato Grosso do Sul, além de seus costumes e cultura. O passeio foi inédito para a maioria dos alunos, que nunca haviam visitado um museu.
O roteiro começou pelo Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde os estudantes assistiram um vídeo, mostrando os primeiros habitantes do Estado. No espaço ainda viram peças de artesanato, pinturas rupestres e armas esculpidas, descobertas por arqueólogos.
Já no Museu da Imagem e do Som, os alunos assistiram um vídeo sobre a chegada da Era Digital nas aldeias de Mato Grosso do Sul e como os indígenas estão se adaptando às novas tecnologias.
Proposta
A técnica de História da DED, Aline Ferreira, explicou que o objetivo do projeto “Educação Patrimonial: Valorização do Patrimônio Cultural Imaterial Indígena do MS”, é reviver e conhecer, por meio de atividades multidisciplinares, as diferenças sociais e culturais dos povos indígenas que compõem o patrimônio material e imaterial do Estado, considerando diferentes visões de mundos, interação com a sociedade indígena e não-indígena.
“A valorização da cultura indígena no ambiente escolar tem como objetivo estimular a diversidade de saberes, vivências culturais e experiências que possibilitem entender as relações e visão de mundo de diferentes grupos sociais e étnicos de acordo com seus saberes, suas culturas e suas potencialidades”, disse a técnica.
Segundo a professora de Artes Ana Maria de Souza Lins, da escola Nerone Maiolino, os professores trabalharam o tema antes da visita ao museu. “Aqui eles puderam ter outra percepção de nossa historia e fazer um paralelo com a realidade que viram na aldeia. O importante é que esse aprendizado vai agregar valores e respeito com a cultura indígena”, pontuou.
Pela primeira visitando o museus, os alunos Caroline Felipes Claro, 12 anos e Yan Gabriel Teixeira, 13, ficaram impressionados com o que aprenderam no Museu de Arqueologia e ficaram animados para conhecer os demais museus da Capital. “Achei tudo interessante e acredito que fica mais fácil de gravar a matéria quando saímos para outros lugares”, disse Caroline.
Animado, Yan disse que agora quer visitar o museu da Universidade Católica Dom Bosco, que também aborda a temática indígena e conta com animais empalhados. “Eu gostei de aprender sobre a Era Pré-Histórica e quero ver mais elementos dessa época”, afirmou.
Os alunos ainda visitaram a mostra “Extinção”, do artista grafiteiro paulista Gejo, o Maldito, que pode ser vista no espaço Jorapimo, do saguão Memorial da Cultura e Cidadania, da Fundação de Cultura.
A mostra reúne trabalhos produzidos por meio da técnica do grafite e tem a proposta de sensibilizar os visitantes sobre a necessidade da preservação das espécies na fauna e flora.
› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br